"A ciência sem prova explícita". Foi assim que Ortega y Gasset, definiu o ensaio. De cariz mais filosófico ou mais literário ou mais poético, esta tríplice forma dá-lhe existência, ainda hoje de um modo muito pessoal, sem recurso a qualquer tipo de fundamentação: documental ou científica. Comum, informal, formal ou de carácter discursivo, pode ser metodicamente objectivo.

Nascido em França, com Michel Eyquem de Montaigne (séc. XVI), o ensaio, "essai", é manifesto em Inglaterra com Francis Bacon (séc. XVI) e continuado por John Locke (séc. XVI). Joseph Addison e Sir Richard Steele, fundamentam a mestria no ensaio, prolongada até aos séculos XVIII e XIX e fazem com que os Poetas Alexander Pope e John Gay, se evidenciem nas páginas dos jornais: The Tatler (1709-1711), The Spectator (1711-1714) e The Guardian (1713).

Em França (séc. XVIII) Montesquieu e Voltaire, são os melhores autores a escrever le "essai". O século XIX é marcado por John Ruskin e muitos outros. Ralph Emerson e Washington Irving, nos Estados Unidos da América. Francesco de Sanctis e Benedetto, em Itália. Alexandre Herculano e Antero de Quental em Portugal são os melhores representantes.

No século XX evidenciam-se em Inglaterra Aldous Huxley, Gilbert Chesterton e Thomas Eliot; em França, Albert Camus, Paul Valéry, Remy de Gourmont. Nos Estados Unidos da América, George Orwell; em Espanha, Miguel de Unamuno e Ortega y Gasset; e, finalmente em Portugal, António Sérgio, José Régio e Jorge de Sena.

Pelos exemplos e pela mestria, o ensaio é ainda hoje um modo privilegiado de olhar a realidade-circunstância.

Cabe a Si, pensar-se sempre. Fica o convite para ler!
Presente

Do meu País...
© 2008 JOSEMARIA.net - Todos os direitos reservados.
Todos os conteúdos e trabalho gráfico apresentado, estão registados e protegidos por leis de propriedade intelectual.
Design: MIGUEL OLIVEIRA
Ilustração: Benedita Kendall